Atenas, a mais importante cidade-estado grega do século V a. c., ficava situada na Ática. Apesar do solo da Ática ser pobre, a agricultura e a pecuária ocupavam a maior parte dos atenienses que viviam do cultivo do trigo, cevada, vinho e, sobretudo, do azeite.
Em volta da cidade, cultivavam-se produtos agrícolas e, nas montanhas criava-se o gado, especialmente, cabras e carneiros.
O artesanato estava muito desenvolvido. Os artesãos fabricavam vasos cerâmicos, estátuas, armas, navios. Para a sua confecção exploravam o barro, o mármore, a madeira e os minérios. Mas, Atenas tinha falta de cereais e de matérias-primas para o artesanato.
A sociedade ateniense, na época de Péricles, viu consolidada a democracia que surgiu com as reformas de Clístenes. Com esta nova forma de governo, todos os cidadãos tinham o direito e o dever de participar na vida política. Péricles consolidou então a democracia ateniense, pois todos os cidadãos pobres que exercessem cargos políticos eram remunerados.
Dentro desta cidade-estado, havia três classes sociais: os cidadãos, os metecos e os escravos.
Os cidadãos eram livres e a sua principal ocupação era o governo de Atenas,embora alguns também se dedicassem à agricultura.
Eles não estavam sujeitos a impostos e não eram os únicos que possuiam terras.
cidadãos
A mulher do cidadão ocupava a maior parte do seu tempo com as lides domésticas, e por ser mulher não tinha direitos políticos, não podendo ser considerada cidadã.
Os metecos eram os estrangeiros que habitavam em Atenas. Embora fossem homens livres, pagavam impostos e cumpriam o serviço militar. Não tinham direitos políticos, não podiam casar com mulheres atenienses nem possuir terras; porém, podiam exercer actividades sociais e intelectuais. As principais actividades a que se dedicavam eram o artesanato e o comércio.Não eram obrigados a prestar serviço militar mas se mostrassem bravura nos seus actos podiam ser considerados cidadãos. Também não podiam possuir terras porque eram considerados estrangeiros.
escravos servindo o senhor
Por sua vez, os escravos, não eram livres e cabiam-lhes os serviços mais duros. Os escravos constituíam quase metade da população. Era o grupo menos privilegiado, formado sobretudo por prisioneiros de guerra, pessoas raptadas por piratas ou por aqueles que tinham sido condenados por dívidas. Faziam os trabalhos mais duros ou, quando cultos, ocupavam um lugar de destaque na educação dos jovens atenienses. Não tinham, portanto, quaisquer direitos civis ou políticos. Só excepcionalmente conseguiam a liberdade.
A DEMOCRACIA
O termo democracia tem origem grega e, é formado por duas palavras: demos – povo - e kratos - poder.
Assim, Democracia é o regime político no qual a soberania é exercida pelo povo, pertence ao conjunto dos cidadãos, que exercem o sufrágio universal. Esse tipo de Governo foi denominado por Aristóteles de Democracia. Tratava-se de uma Democracia directa. O cidadão não era representado por ninguém.
Ele mesmo era o representante das suas ideias em praça pública.
Do ponto de vista teórico a democracia grega é brilhante, mas na prática existiam algumas limitações.
Tal como outros povos, também os gregos tentaram explicar o universo e as forças da natureza através da sua religião. Pensaram, então, que no início de tudo existia o CAOS e depois a Terra - GEIA. Do Caos nasceu a NOITE e o ÉREBRO (inferno) e, da união destes dois, nasceram o ÉTER e o DIA.
Da Terra surgiu URANO, o céu estrelado e da união Urano com Geia resultou numerosa descendência: CICLOPES (gigantes com um olho no meio da testa): CENTAUROS (monstros metade homem, metade cavalo) e TITÃS (doze gigantes de força colossal; seis de sexo masculino e seis de sexo feminino. O feminino é Titânide).
Dois dos titãs, CRONOS e REIA, unir-se-ão e darão origem aos primeiros deuses:
HÉSTIA, deusa da casa e da família;
HERA, deusa protectora do casamento;
HADES, deus do mundo inferior que domina no inferno;
ZEUS, deus do Olimpo, senhor dos elementos atmosféricos.
Aqui, aqui e aqui (clica nas palavras) poderás encontrar mais informação. Não te assustes por encontrar páginas estrangeiras.
Os mitos são narrativas que nos contam a vida dos seres divinos. Pelos mitos percebemos que, para os gregos, o mundo dos deuses reproduzia o mundo humano. Os deuses, tal como os homens, comiam e bebiam, preocupavam-se, descansavam, amavam e odiavam, etc. Eram, aliás, sempre representados sob a forma humana. Por essa razão falamos de ANTROPOMORFISMO quando nos referimos à religião grega.
Eis alguns mitos:
- Cronos e os deuses primordiais
Uma profecia afirmava que Cronos seria morto por um filho. Para evitar que a profecia se cumprisse, o titã exigia que Reia, sua esposa, e irmã, lhe entregasse os filhos logo que nascessem e devorava-os. Cansada de se ver separada dos filhos e, estando grávida novamente, Reia escondeu-se na ilha de Creta onde nasceu Zeus. Para enganar o marido, Reia entregou-lhe uma pedra embrulhada numa fralda.
Zeus cresceu e, ao atingir a idade adulta, enfrenta o pai, obrigando-o a beber um líquido que o fez "vomitar" os filhos que tinha comido. Desta forma nasceram os deuses referidos no cap. I que, por isso, são chamados deuses primordiais.Os deuses, furiosos e querendo vingança, envolvem-se numa luta gigantesca com os titãs, saindo vitoriosos. Decidem, então, partilhar o mundo pelos três do sexo masculino:
ZEUS dominaria o céu - o Olimpo;
POSEIDON, o mar;
HADES, o inferno.
Por ter feito renascer os irmãos, Zeus tornou-se no pai dos deuses e dos homens. É, também, senhor dos elementos atmosféricos (o raio e o trovão)
- Filhos de Zeus
Zeus apaixonou-se por sua irmã Hera e do casamento dos dois nasceram ARES (deus da guerra) e HEFESTO (deus do fogo, que era feio e coxo).
Mas Zeus era volúvel e, por causa disso, Hera era ciumenta, perseguindo ferozmente todas as conquistas do marido, fossem elas deusas ou humanas. Foi por essa razão que perseguiu LATONA (grávida de Zeus) que se viu obrigada a refugiar-se na ilha de Delos onde deu à luz os gémeos APOLO e ARTEMISA. Apolo tornar-se-ia no mais poderoso deus do Olimpo, depois de Zeus. Era o deus da beleza eterna, da música, da poesia e dos oráculos. Era considerado como o deus da masculinidade. Artemisa tornou-se a deusa dos animais selvagens e da caça. Era também ela quem presidia aos nascimentos. Vestia sempre uma túnica curta e andava sempre acompanhada pelo arco e flechas, assim como pelo seu cão de caça.
Sémele, princesa de Tebas, também foi vítima da vingança de Hera: esperando um filho de Zeus, pediu ao deus (por sugestão de Hera) que lhe mostrasse o seu verdadeiro aspecto. Ora, os seres humanos, segundo os gregos, morriam se vissem um deus como ele, de facto, era! Zeus satisfez o pedido da amada e a sua luz fê-la morrer imediatamente. Para não perder o filho, Zeus arrancou-o do ventre da mãe e coseu-o no interior da sua própria coxa até terminar a gestação. Foi então que, da coxa de Zeus, nasceu DIONISO que se tornaria no deus da alegria, do vinho e da loucura.
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Outros filhos de Zeus
HERMES, filho de Maia, é o mensageiro dos deuses; deus do vento e patrono dos mercadores. É também deus dos sonhos e é ele que conduz as almas ao inferno.
ATENA, deusa que nasceu directamente da cabeça de Zeus, vestindo uma armadura e brandindo uma lança. É a deusa da sabedoria e da arte da guerra.
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Afrodite
Afrodite, como todos os que foram referidos anteriormente, era uma das mais importantes deusas gregas. Nasceu da espuma do mar e, ao emergir, vinha amparada a uma grande concha de madrepérola. Apesar de ser a mais bela das criaturas, casou com Hefesto, o deus mais feio e disforme!
Nota: o trabalho, já o sabes, é fazer o alçado de um templo grego. Se quiseres inspirar-te melhor, podes consultar esta página que tem imagens muito interessantes
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a ordem (a que cada edifício pertence);
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a harmonia das suas proporções: os edifícios não são excessivamente grandes; são construídos à dimensão humana;
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o equilíbrio do conjunto apesar da natureza geométrica da planta;
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a delicadeza da decoração: presente no canelado das colunas, no adorno dos capitéis, nos relevos dos frisos e do frontão, assim como na utilização de cores garridas que dão luz, brilho e alegria ao conjunto.
Arte Grega
O Partenon
Partenon (Reconstituição